segunda-feira, 30 de maio de 2011

Clark Little - O surfista que trocou a prancha pela máquina fotográfica














Enquanto muitos, de fato e gravata e ensonados, passam horas intermináveis no trânsito para chegar ao trabalho, Clark Little dá um mergulho mesmo em frente de casa e começa a fotografar.
As imagens acima são captadas pela máquina fotográfica de Clark a partir do interior de ondas que chegam por vezes a atingir os 6 metros de altura. 
Clark Little nasceu em 1968 na Califórnia e vive numa praia paradisíaca da ilha de Oahu, no Havai. Não tem qualquer formação ao nível da fotografia, mas vale-lhe a sua experiência de 30 anos enquanto surfista. Começar a tirar este tipo de fotografias foi  fruto de um mero acaso (porque a sua esposa lhe pediu uma foto para embelezar as paredes da sua casa), mas hoje, Clark Little vive do rendimento que obtém com a venda das mesmas por todo o mundo através do seu site http://www.clarklittlephotography.com/, onde poderão ver outros trabalhos. 
Em apenas 4 anos, Clark Little ganhou reconhecimento nacional e internacional, tendo visto o seu trabalho publicado pela National Geopraphic, Paris Match, Geo International, Nature's Best Photographie, entre muitas outras.
A beleza e o poder destas imagens são algo verdadeiramente maravilhoso e impressionante!


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Devaneio Marginal


Não só as coisas acontecem com as pessoas, (...) cada um gera também aquilo que acontece consigo (...). O homem e o seu destino seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. Não é verdade que o destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmo abrimos, convidando-o a passar.
Sándor Márai, in "As Velas Ardem Até ao Fim”


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Retiro




A exaustão possuiu-me. Não tenho forças para prosseguir. Não tenho forças para recuar. O desalento assomou-se do meu corpo, dos meus pensamentos. Não me consigo erguer, nem consigo ruir. Toda a força, toda a vontade, todo o entusiasmo foram sugados e aqui estou eu petrificada, desfalecida, sem me importar porque estou aqui, sem questionar porque deverei estar aqui e não acolá.
Neste hiato revelado pela inércia, em que estou ausente, em que me transformei num artefacto que arfa, plasmado em betão, nada vejo, nada sinto, nada sou. Eu que sempre vi em todos os becos sem saída, um carreiro, estou a iniciar a minha travessia pelo deserto remoto, pelo pântano extinto, pela falésia abaixo.
Já não sei correr, já não sei marchar, já não sei gatinhar. E vou adormecer sem alento, hibernar indolentemente.

domingo, 22 de maio de 2011

...




O amor é mais 
do que três palavras murmuradas 
antes de chegar a altura de ir para a cama. 

O amor alimenta-se de gestos, 
da devoção que pomos nas coisas que fazemos pelo outro, todos os dias...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

PSD vs. Desemprego



E ao contrário do que diz esse Sr. Passos Coelho, não acredito que a maioria destas pessoas "se limitam a viver de expedientes" e precisem, portanto, do tributo solidário defendido pelo mesmo como forma de os moralizar.

O candidato Francisco Louçã esteve muito bem no debate frente àquele Senhor ao relembrar mais uma maravilhosa medida (Projecto de Lei 266/XI) apresentada o ano passado na AR pelo PSD e que o mesmo partido continua a defender, como bem se pode ver do seu programa eleitoral (chamo a atenção, nomeadamente, para as páginas 27, 182, 183 e 188 do programa) e que, portanto, pode mesmo vir a ser instituída caso este partido venha a ganhar as próximas eleições ou a formar um governo de maioria com o CDS que, na altura, votou a favor.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Quatro Estações (ou o início de uma história)



Foi num dia de Outono que te vi pela primeira vez.
Aguardava, à porta da sala, mais uma aula quando passaste por mim, sem olhar, seguindo o teu caminho. Trazias um blazer azul-escuro e carregavas uma pasta na mão. Desde esse dia, não mais os meus olhos deixaram de te procurar – em cada sala, em cada corredor, em cada esquina, na rua ou em qualquer outro lugar. Aparentavas ser homem dos seus trinta e poucos anos. De poucos sorrisos, de poucas falas. Ar sério e compenetrado, como quem não tem tempo a perder. Tal como eu, gostavas de fumar o teu cigarro nos intervalos das aulas, quase sempre sozinho. Creio que foi num desses momentos que reparaste que eu existia e os nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, para não mais deixarem de o fazer. Agora, já não era apenas eu quem te procurava. Tolice minha ou realidade, sentia que também tu me procuravas, ainda que só com o olhar.


Foi num dia de Inverno que te conheci. 
Tinham começado as férias do Natal e eu sabia que ia passar quinze dias sem te ver. Em busca de algum ânimo, resolvi convidar uma amiga e sair para beber um copo, dançar, esquecer por algumas horas o que não me saía do pensamento. No caminho para o bar a que tínhamos decidido ir, parámos numa passadeira a aguardar o sinal verde para os peões. E tu passaste. E paraste. Foi aí, naquele lugar, àquela hora, que trocámos as primeiras palavras, para não mais deixarmos de o fazer. Passámos a noite juntos, no tal bar, a conversar. Levaste-me a casa. Beijámo-nos. Agora tinha a certeza que não só os meus, mas também os teus olhares não eram inocentes. Agora tinha a certeza que não só eu, mas também tu me procuravas, e agora mais do que apenas com o olhar.


 Foi num dia de Primavera que te amei.
Quando me disseste que não podia ser e que era impossível alimentar um qualquer amor para além de uma fugaz paixão eu já não conseguia imaginar os meus dias sem ti, ainda que naquela altura ainda não o tivesse percebido. E foi assim, com a ingenuidade característica de quem nunca amou, que passei a evitar-te, que passei a rejeitar-te, pensando que era possível, mal sabendo que esse mesmo comportamento era em si bem revelador do que eu já sentia. Não te queria ver ou atender o telefone quando do outro lado eras tu quem me ligava. Vinhas à minha porta e eu não abria. Chamavas-me nos corredores (esses mesmos corredores que há meses atrás haviam presenciado a nossa primeira troca de olhares) e eu não respondia. Depois, naqueles dias em que me sentia mais vulnerável, aceitava-te. Encontrávamo-nos, conversava-mos, de tudo, de nada, de nós e do nós que nunca poderia existir. Ao fim do dia eu regressava a casa sentindo um misto de felicidade e de culpa. E os dias sucediam-se.


Foi num dia de Verão que percebi que te amava.
As aulas tinham acabado e eu regressava à minha terra para umas férias, aos meus olhos, demasiado longas. Sentia a tua falta. Sentia demasiado a tua falta. Falávamos muito, mas eu queria ver-te, dar-te um abraço. No meio do nada, entre despertares madrugadores e passeios ao pôr-do-sol, acordei e encarei a realidade, a dura realidade que vinha escondendo de mim própria. Aquele meu comportamento - o toca e foge, agora quero, depois já não, agora vem, para depois te mandar embora - não podia ser o de alguém que vive a situação com o desprendimento que eu vinha querendo acreditar que existia. A verdade é que eu te amava. Se assim não fosse, já teria recuado perante o sofrimento que ameaçava assolar tantos dos meus dias futuros. A verdade é que eu já não conseguia passar um dia sem te ver, sem ouvir a tua voz. A verdade é que eu sabia que esse amor viria inevitavelmente acompanhado de dor e procurava fugir dele (e dela) não pensando. Mas era tarde demais. Tinha vindo para ficar. Não me perguntem porquê, mas eu sabia e estava muito certa de que eras o tal, o único, aquele que dizem que só se vive uma vez.
  
Passaram quase seis anos desde então…

sábado, 14 de maio de 2011

Parabéns...




É no silêncio que me resguardo das palavras. É no desassossego da saudade que aguardo o teu regresso.
Parabéns Pai.

[ sinto tanto, mas tanto a tua falta...]

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Descobri como me pesar!



Desta forma posso comer todos os chocolates e gelados que quiser porque a balança vai ser sempre minha amiguinha... ;-)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

The legend lives on...


"Emancipate yourselves from mental slavery, none but yourselves can free our minds", 
Redemption Song, Bob Marley



quinta-feira, 5 de maio de 2011

2# Little Things




Be  Brave
  Even  if  you´re  not, 
pretend  to  be.
  No  one  can  tell  the  difference.